O primeiro registro do
termo "Halloween" é de cerca de 1745. Derivou dacontracção do termo escocês
"Hallo-Hellu" (véspera do Dia de Todos os Santos) que era a noite das
bruxas. [5] No
Cristianismo existe o costume de celebração das chamadas Vésperas.No último
serviço religioso do dia,depois do anoitecer,se celebra o dia que está por
vir.Na Antiga Religião celta existia o Samhain,a Festa dos Mortos(no
Cristianismo é celebrado dia 2 de novembro).Com a Cristianização das Ilhas
Britânicas,de maioria Celta,houve uma mistura dos costumes das 2 religiões.
Posto que, entre o
pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow
evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome atual da
festa: Hallow Evening
Hallowe'en Halloween. Rapidamente se conclui que o termo Dia das bruxas não
é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos
povos de língua (oficial) portuguesa.
Outra hipótese é que a Igreja Católica ao eliminar o dia de Martinho Lutero,
que foi o fundador da igreja protestante, disse que a salvação é pela graça e
não pela obra (indulgencias). Este dia seria conhecido nos países de língua
inglesa comoDay of Martin Luther.
Essa designação se
perpetuou e a comemoração do Halloween,
levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses no século XIX, ficou assim conhecida como
"dia das bruxas", uma lenda histórica
História
A celebração do Halloween
tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:
Origem pagã
A origem pagã do
"dia das bruxas" tem a ver com a celebração celta chamada Samhain,
que tinha como objetivo dar culto aos mortos e à deusa YuuByeol (símbolo antigo
da perfeição celta). A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou unindo a
cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo.
Em fins do século II,
com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada
druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos
sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era
transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do
Samhan eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a
meio caminho entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, no
hemisfério norte). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma
semana, e davam ao ano novo celta.
A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais
importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o
cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade
perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos
sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os
seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa
data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Origem católica
Desde o século IV a
Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano
dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo
cristão e o dedicou a "Todos
os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no
dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1 de
novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica
de São Pedro, em Roma. Mais
tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos
fosse celebrada universalmente.
Como festa grande,
esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa
no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era
chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando
depois pelas formas All
Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Atualmente
Se analisarmos o modo
como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas
origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente
distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco
incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como
à de Todos os Santos.
Entre os elementos
acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito
possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa
foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da
população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e
preocupação com a morte.
Multiplicaram se as
Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas
que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas
representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados
de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados
as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para
a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc.
(afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações
cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando
inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar.
Na Idade Média, um
costume do Dia de Finados era o souling (de "soul", alma), em que
crianças iam pedindo pelas portas um bolo, o "bolo das almas", em
troca do qual fazia uma oração pelos familiares falecidos de quem lhes dava o
bolo[6] .
Essa tradição poderá ter evoluído para a tradição de pedir um doce, sob ameaça
de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), que
teve possivelmente origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante
contra os católicos (1500-1700).
Nesse período, os
católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer
nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos
e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas
de sacerdotes foram martirizados. Produto dessa perseguição foi a tentativa de
atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder
Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento,
matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama
foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado
Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado
logo em seguida.
Em pouco tempo a data
converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos
protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos
para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo-lhes: trick or treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a
comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros
colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do
Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses.
Vemos, portanto, que a
atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas
pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo
peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje,
por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto
desaparecem as tradições locais.
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