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domingo, 30 de julho de 2017

O que Foi a Noite de São Bartolomeu?

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Hoje, vamos relembrar a história do massacre da noite de São Bartolomeu, que aconteceu em 24 de agosto de 1572, em Paris. Nesta data, a casa real francesa organizou uma matança generalizada contra religiosos protestantes que comemoravam o casamento do seu líder Henrique de Navarra com Margarida Valois.

A motivação do massacre


Catarina de Médici
A Igreja Católica tem muita importância histórica nos conflitos políticos da Europa medieval. Colocada como no topo da sociedade hierárquica, a Igreja era vista como o poder de Deus na terra, e fervorosamente adorada por seus fieis. Conforme o protestantismo passou a ganhar força, principalmente no final do século XV e início do século XVI, a Igreja Católica tratou de criar pequenos conflitos armados para proteger seu legado.
No caso da França do século XVI, o maior poder estava concentrado nas mãos da Igreja e não no rei. Todavia, vale lembrar que a Igreja era controlada por nobres franceses. Isso quer dizer que mesmo não sendo governada pelo rei, a nobreza dominava a política francesa atendendo a seus interesses exclusivos.
A proposta de reforma no clero significava a perda de poder dos príncipes. Nesse sentido, a família Guise, influente na sociedade francesa do século XVI, ficou à frente da batalha pela preservação do status quo da nobreza na França.
A rainha francesa, Catarina de Médici, era reconhecida por sua frieza e pelo seu instinto de poder. Dois anos antes, Catarina havia assinado o tratado de paz de Saint-Germain, em que propunha trégua aos protestantes ou huguenotes. Todavia, a sua atitude foi vista com maus olhos pela família Guise. Do lado protestante, a rainha incomodava-se com a influência que Gaspard de Coligny, almirante francês e líder huguenote tinha sobre o seu filho, o rei Carlos IX.
Prevendo o conflitos, a rainha precisou escolher um lado: o dos católicos. Assim, ela se antecipou aos católicos ordenando o massacre dos líderes protestantes.

Fim (da trégua) de casamento

Naquele dia 24 de agosto, estava marcado o casamento de Henrique, rei de Navarra e chefe da dinastia dos huguenotes, e Margarida Valois, princesa da França, filha do falecido rei Henrique II e de Catarina de Médici, e irmã de Carlos IX. O casamento foi arranjado para cessar as lutas religiosas entre católicos e huguenotes que predominou na França durante anos, com assassinatos, depredações e estupros.
Milhares de huguenotes e de católicos foram convidados para participar da celebração em Paris. Mais tarde, eles saberiam que tudo não passava de uma armadilha francesa preparada pela nobreza francesa. A família Guise observava com profunda desconfiança a cerimônia ao lado da catedral de Notre Dame. Vale lembrar que a cerimônia não foi realizada dentro da  catedral. O noivo protestante não deveria entrar na Notre Dame, ou assistir à missa. Diante do portal ocidental da catedral, foi construído um palco sobre o rio Sena, no qual se celebrou o matrimônio. Margarida não respondeu com um “sim” à pergunta se desejava desposar Henrique, mas com um aceno positivo com a cabeça. Como era comum na época, o casamento tinha motivação exclusivamente política.

Fonte:http://redes.moderna.com.br/2012/08/24/o-massacre-da-noite-de-sao-bartolomeu/