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terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Importância da Disciplina de História na Educação em Sala de Aula

Este artigo científico visa conscientizar os profissionais das áreas da educação, a importância do ensino de História como disciplina em sala de aula, responsável por construir, reconstruir, narrar, descrever as ações humanas, ou seja, a História é uma narrativa das sociedades, dos grupos ou indivíduos inseridos em seu tempo e espaço como sujeitos históricos responsáveis em transformar o social. Temos estar convencido que nossa função é a preparação do aluno para a vida em sociedade, e para o mundo dentro de certos princípios, de valores, ética, direitos e deveres, e conscientizar o sujeito, inserido ao processo de exercício da cidadania, solidariedade e de sua qualificação social e profissional para o trabalho, ou para a sociedade, sejam  aspectos individuais ou coletivos.
Introdução
         A História é uma narrativa, e toda narrativa histórica se baseia relativamente ligada aos aspectos culturais do sujeito, toda a narrativa é um subproduto do processo histórico e cultural, no que tange narrativa histórica se filtra conteúdos com mais ou menos apegos de acordo com os laços culturais de quem vive, narra e descreve acerca do objeto.

A definição de cultura Segundo BURKE

[...[cultura é um sistema com limites muito indefinidos[...].Hoje, contudo segundo o exemplo dos antropólogos, os historiadores e outros  usam o termo cultura muito mais amplamente, para referir-se a quase tudo que pode ser aprendido em uma dada sociedade como comer  beber, andar, falar, silenciar e assim por diante. Em outras palavras a historia da cultura inclui agora, historia das ações ou noções subjacentes a vida cotidiana. BURKE, 1989. P.20-21.
          A História em sala de aula esta em constantes transformações, age como formadora de sujeitos, os métodos de ensinar História esta se transformando de acordo com que se evolui a humanidade, os historiadores modernos, da nova história atuam na educação em sala de aula como mediadores do conhecimento, não somente como dominadores de possíveis verdades, enraizados como produto de um passado feito de herói ou fatos marcantes. A forma didática e metodológica se trabalha a História como disciplina em sala de aula, fazendo discurso acerca de reflexões do presente, das diferentes realidades, trabalhando grupos ou indivíduos, partindo principalmente das realidades do presente, trabalhando o passado não como verdades absolutas, incontestáveis, de um passado perfeito.
      A História faz sentido como acontecimento histórico das ações humanas pode fazer uma reflexão sobre determinados acontecimentos de uma realidade subjetiva aos nossos olhos, reflexivas aos olhares críticos de historiadores modernos, questionando, sobre determinadas verdades de um passado obscuro, de ações pertinentes ás excentricidade verídicas de ações feitas por homens políticos. Podem-se abordar temas de tamanha magnitude como a Revolução Francesa questionando sobre verdades que enaltecem pequenos homens transformando-os em grandes heróis, ícones da História tradicional. Porém historiadores modernos com visões multilaterais abordam o mesmo tema fazendo reflexões, em como teria sido a Revolução sem a presença das camadas menos favorecida.
        Segundo VIEIRA a História humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos nos colégios, nas usinas nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a    minha poesia. Desta matéria humilde e humilhada, desta vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma  traição á vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta as pessoas e coisas que não tem voz. (VIERA, 200, P.11)
         Em muitos países a educação em sala de aula é considerável boa em relação ao Brasil, o índice de analfabetismo é zero por cento, podemos dizer com segurança que o conteúdo aplicado na educação escolar é favorável ao aluno, que possibilite ao individuo uma paixão pelo aprender o ensinamento das disciplinas, nesses países se observa que a desigualdade social é quase inexistente, onde ricos e pobres tem o mesmo direito a educação. Portanto no Brasil é diferente, os métodos de ensinar principalmente as disciplinas que propiciem as reflexões das realidades sociais, constituem métodos já ultrapassados, obsoletos ou desatualizados, no que tange a política institucionais, ou sistema educacional do Brasil é fundamentado no sentido de que o professor tem que seguir um padrão sistematizado pelo estado, ou pela própria instituição, publica ou privada, onde as series iniciais principalmente recebem um plano didático onde só é passado “verdade absoluta” questionado pelos alunos, a resposta que recebem é que eu estou ensinando o que esta escrito aqui no livro. Entretanto não existe nenhum interesse do aluno em ir para escola.
         Os historiadores que trabalham em sala de aula podem mudar os métodos trabalhando a disciplina de História de forma diversificada diferenciada dos padrões educacionais até então existentes trazendo a tona o verdadeiro gosto pelo ensino de História.
         Necessariamente na disciplina de História, principalmente, que trabalham o pensamento, existem as reflexivas ideologias teóricas filosóficas que são suportes capazes de criar conceitos, abrindo leques tanto ao processo e transmissão do conhecimento, quanto ao processo de assimilação, nas relações educador-educando, como peças fundamentais associadas alienadas e relacionadas entre si.
            Portanto se a Historia é uma narrativa, podemos afirmar que todo o processo histórico esta em constantes transformações, e a veracidade histórica esta relacionada aos olhares e bases culturais de quem vê escreve e narra. Neste sentido, estamos convencidos de que a historia se limita ao  “?” ponto de interrogação? Quando se relaciona História como disciplina no campo educacional, e o educador trabalha como mediador do conhecimento histórico propriamente dito, donas da verdade impondo os modelos autoritários, formando alunos peças modelos de cunho tradicional abarcado ao conservadorismo pitoresco e antigo, e o livro didático funciona como manual ou material pronto e acabado, de certa forma inquestionável dependendo da forma com que é trabalhada dentro da sala de aula, quando se refere ao processo ensino aprendizagem, já ultrapassada aos modelos pedagógicos modernos, apesar de que as escolas modernas atualmente existem certas liberdades institucionais visível aos parâmetros tradicionais e antigos.
         Como pratica pedagógica, a História é de fundamental importância na formação do sujeito, propiciando a oportunidade de pensar e se identificar como sujeito, importante para a construção de todo o processo social, e se identificar individualmente porem de grande importância para o desenvolvimento em todos os aspectos da coletividade, ou como parte indispensável para a formação de um todo.
         A reflexão de conhecer e dar sentido as coisas, do passado presente e futuro, o conhecer e dar sentido, nada mais é que interpretar o universo ao nosso redor, ao nosso mundo. Na verdade a historia só faz sentido quando vemos um mundo de possibilidade, probabilidade, e nos vemos como parte de todo um processo historicamente humano e não podemos ver historia na objetividade, na individualidade, mas sim nas múltiplas facetas objetivas ou subjetivas que o objeto nos possibilita, entre elas é interpretar no cosmo visibilidade ou visão de mundo, em partes ou em um “todo”, abarcado a todos os aspectos e as relações sociais, e a coletividade é parte fundamental nesse processo.
            Na vivencia em sala de aula, trabalhei a disciplina de História abordando o tema Revolução Russa com o terceiro ano do ensino médio no Colégio Expressão, minha principal abordagem foi de forma qualitativa com o uso de textos didáticos, revistas música, comentários refletivos acerca do objeto de estudo em questão, Revolução as causas e conseqüências, questionando a situação da sociedade russa naquele período, os principais motivadores da Revolução a importância das camadas menos favorecidas etc.
         Nos anos80 aos conteúdos ensinados nas escolas sofreram transformações ou “reformulações curriculares capazes de integrar alunos das camadas populares havia consenso sobre a relevância social de  conteúdos veiculados nas escolas” … (História nas Atuais Propostas curriculares…)
        O conteúdo de História não é o passado, mas o tempo, ou mais exatamente os procedimentos de analise, e os conceitos de levar em conta os movimentos das sociedades de compreender seus mecanismos, reconstruir seus processos e comparar suas evoluções NIKITIUK,2007,p.16.
         O estudo da Historia como ciência, tendo em vista que certos eruditos com visões controvertidas, em relação às ações já estabelecidas dentro do sistema sócio-cultural e histórico, e a oportunidade de conhecer os verdadeiros sentidos dos fatos, sejam eles históricos de um passado, vivido por sujeitos em seu tempo ou históricos de um presente, que certamente perpetuará num futuro, como marco de um processo pré-estabelecido. A verdade é que o conhecer, ou o descobrir nos levam a trilhar caminhos nunca antes imaginados por nós, mas a curiosidade em descobrir o que aconteceu em diferentes lugares e períodos da historia, leva  nós sujeitos que vivem a Historia do seu tempo, sejam eles educadores, alunos, pensadores ou intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento, a serem verdadeiros historiadores do seu tempo e espaço.
  •          A História como disciplina na visão positivista, se permeia como conhecimento absoluto, abarcado no empirismo do fato, como se todo o processo de transformação fossem resultantes de determinadas causas e efeitos ou como o fator resultante se caracterizassem como conseqüências.
  •          A História, como um conhecimento global, organizando todo o passado da humanidade num processo contínuo e harmonioso que sofre transformações em conjunto como se a humanidade se constituísse num todo que se evolui a partir de causas e conseqüências comuns [...] há um conhecimento pronto e   acabado. NIKITIUK,2007,p.16.
          Porém, só o historiador da nova historia, com certa formação erudita, e critica reflexiva, tem a liberdade de escolher o seu objeto de analise, e a oportunidade de se libertar de uma historia positivista, voltada aos fatos e feitos de homens, e seus grandes eventos como ícones preponderantes e inquestionáveis dentro do seu processo histórico, como atores e figurinos inertes dentro do livro didático, aos moldes tradicionais da velha historia. O buscar conhecer o que esta por traz da história, nos possibilita a varias possibilidades de descobertas muitas vezes inacreditáveis grosso modo, alem de que, significa buscar possibilidades que desperta o interesse de cada historiador critico por natureza, e somente assim conseguimos alcançar nossos objetivos, assim sendo conseguimos nós historiadores a nos identificar como ser historicamente inserido dentro de um espaço, como ser resultado de uma evolução do meio natural, dentro do tempo passado presente, como sujeito que faz parte e está inserido dentro de uma nação.
         Quando estudamos o objeto seja ele o homem inserido em seu tempo e espaço, a História como ciência nos possibilita a entendermos a vida do homem e suas relações com, e ao longo do seu tempo e espaço, seja tempo passado ou presente com diferentes perspectivas. Na atualidade se estuda Historia como ciência relacionado a vida do homem o dogmatismo didático propriamente dito, e inserido em salas de aula se estuda especialmente as vidas e ações de homens, ou seja narrativas de vidas publicas, de heróis de alguns eventos históricos, inseridos se questões referentes de cada um, como tornar esse conceito em algo pratico na sala de aula, é um assunto que intriga historiadores modernos o que se estuda hoje apoiado ou se baseado unicamente ao livro didático  é feito narrativas históricas de vida publica, heróica de alguns sujeitos, uma narrativa seja critica ou questionadora de um passado que nos faz duvidar da veracidade dos fatos, e a historia não trabalha com fatos consideráveis verdades, mas sim fatos questionáveis buscando a verdadeira essência do saber como conhecimento.
         Atualmente se estuda ou se ensina em sala de aula a História como disciplina, um determinado evento, relacionado ao contexto ou processo histórico diferente de estudos ou reflexões de mesmo assunto num outros períodos anteriores porque a reflexão acerca determinado assunto inserido ao contexto social, em diferentes períodos de tempo, ou seja, essa narrativa histórica se diferencia porque certamente se transformou ao longo do tempo, um exemplo é a Revolução Francesa, que se define liberdade de décadas anteriores é diferente de liberdade de hoje apesar de que a base histórica que deu origem a liberdade ou direito é a mesma, só que o contexto relacionado a liberdade é diferente porque o processo social se contextualizou de acordo com o seu tempo. Anteriormente a historia se baseava nos fatos e não se preocupava tanto na verdade, mas essa historia atrasada esta perdendo espaço para a nova historia como ciência da narrativa que reproduzem conhecimento a partir de bases teóricas de pensadores, que escrevem teorias que possibilite a reflexão suficientemente capaz de criar ou reformular conceitos dentro dos parâmetros do processo de relações sociais de ensino e de aprendizagem.
         No campo tecnológico do processo de transmissão do conhecimento, se nota uma grande complexidade no crescimento dos meios de transmitir informações, numa sociedade perplexa de recursos tecnológicos avançados, a forma de transmitir o conhecimento se permeia ao desuso devido a principalmente as grandes variedades de suportes de apoio ao processo de transmissão de conhecimento sejam eles no campo acadêmico ou institucional voltados ao ensino fundamental e médio. Entretanto a formação acadêmica nos modelos modernos acompanhando a tecnologização educacional de acordo com a necessidade e realidade social faz se necessário o educador acompanhar a evolução tecnológica dos meios e inserir dentro e fora das salas de aula, recursos técnicos que possibilite inovações no campo de transmissão de conhecimento para um publico cada vez mais evoluído tecnologicamente, num processo acelerado de recursos e meios de comunicação em massa, voltado aos aspectos de entretenimento, ou trabalho.
         Já as grandes variedades de materiais e formas a serem trabalhadas em sala de aula são apenas parte de muitas opções que os educadores têm, a flexibilidade metodológicas educacionais tem que estar atualizada e muitas vezes não se deve apegar apenas aos modelos estabelecidos pelas instituições seja elas publicas ou privadas.
         Infelizmente o modelo educacional tem como formas padrões estabelecido do modelo europeu de ensinar o sujeito com formação, educando o corpo a alma e a mente, como membro de um grupo alienado, e consciente de seu papel, como peça de um jogo de poder, ou peça fundamental do sistema capitalista, e o conhecimento, é um acumulo empírico resultados das nossas vivencias, desde que nascemos somo obrigados a beber coca-cola a usar marcas que foram implantadas em nossa cultura e se perpetuam a cada geração que se passa.segundo CERTEAU
           Faz pouco tempo, Alver Toffer anunciava o nascimento de uma “nova espécie” humana gerada pelo consumo [...]  essa espécie em formação transumante e voraz, movimentando-se entre as pastagens da mídia, teria como traço distinto a sua “automobilidade”. Voltaria ao antigo nomadismo, para caçar agora, porem, em pradarias e florestas artificiais.  CERTEAU, 1994.p.29.